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Hemocentro de Brasília recebe autoridades de Moçambique em visita exploratória para cooperação na área de sangue


Na manhã desta terça-feira (26), a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) recebeu uma comitiva de Moçambique em uma visita exploratória que pode marcar o início de futuras parcerias na área de sangue. Entre os visitantes estavam Paulo Ivo Garrido, assessor do Ministro da Saúde de Moçambique e cirurgião; Nilton Mujovo, da Embaixada de Moçambique no Brasil; Jorge Ramalho, assessor técnico da Assessoria Internacional do Ministério da Saúde; e Marcello Hardman, assessor internacional da Subsecretaria de Assuntos Estratégicos e Internacionais do Ministério da Saúde.

O objetivo da visita foi conhecer de perto a experiência brasileira em gestão de sangue e outras áreas da saúde, como a Rede de Bancos de Leite, estágios de curta duração para médicos moçambicanos, produção de kits de testagem, programas de combate à hanseníase e atenção especializada em ortopedia.

Durante o tour, a comitiva percorreu o Ciclo do Doador, acompanhou o processamento e distribuição de sangue, e visitou os laboratórios de imunohematologia e sorologia. Paulo Ivo destacou o contraste com a realidade de Moçambique: "Em Moçambique ainda coletamos sangue nos hospitais. Precisamos entender como funciona a coleta de sangue em Hemocentros de forma estruturada. Vivemos um drama com a falta de sangue. Queremos aprender como o Brasil resolveu esse problema."

Ao observar o atendimento aos doadores e os protocolos rigorosos de segurança, o cirurgião não poupou elogios: "Fiquei muito impressionado com a forma como vocês atendem as pessoas, com o rigor científico e os protocolos de segurança."

Para o presidente do Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, a visita representa um passo importante para a construção de futuras parcerias internacionais: "Receber a comitiva de Moçambique nos permitiu mostrar nossa experiência na gestão de sangue, no cuidado com os doadores e na segurança de todos os processos. Esse primeiro contato abre caminhos para ações conjuntas que podem beneficiar a população de ambos os países."

Embora ainda não exista uma cooperação formal, a visita reforça a perspectiva de aproximação técnica e científica, colocando o Hemocentro de Brasília como referência no desenvolvimento de programas de saúde que podem inspirar ações internacionais.