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Hemocentro de Brasília realiza pela primeira vez envio de plaquetas para outro estado em operação emergencial do Ministério da Saúde

 

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) realizou pela primeira vez o envio interestadual de plaquetas, em apoio emergencial à rede de saúde de outro estado. A ação foi coordenada pelo Ministério da Saúde para atender o Hemocentro Coordenador de Rio Branco (Hemoacre), no Acre, que enfrenta baixa nos estoques.

Atendendo à solicitação da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH), a FHB enviou três bolsas de plaquetas para reforçar o atendimento a pacientes da rede pública acreana. A instituição destacou que a liberação dos hemocomponentes não acarretou prejuízo à demanda plaquetária da Hemorrede Pública do Distrito Federal, mantendo o abastecimento regular dos hospitais locais.

Para a presidente substituta da Fundação Hemocentro de Brasília, Gleyce Araújo, a operação demonstra o compromisso da instituição com a rede pública de saúde.

“Essa ação mostra a capacidade técnica do Hemocentro de Brasília e nossa integração com a rede nacional de sangue. É uma contribuição concreta para que nenhum paciente fique sem atendimento”, destacou Gleyce.

Embora seja a primeira vez que o Hemocentro envia plaquetas para outro estado, a FHB já realizou remanejamentos de outros hemocomponentes, como concentrado de hemácias, para apoiar estados que enfrentaram alta demanda durante a pandemia de Covid-19.

Segundo o Ministério da Saúde, o pedido teve caráter de contingência, com o objetivo de garantir a continuidade do atendimento seguro e eficiente aos pacientes do Acre.

Logística nacional garante equilíbrio dos estoques

A manutenção dos estoques de sangue e hemocomponentes no Brasil é coordenada nacionalmente pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados. O órgão monitora os níveis de estoque de hemocentros estaduais e do Distrito Federal, identifica possíveis riscos de desabastecimento e aciona planos de contingência quando necessário.

Esse sistema integra o Plano Nacional de Contingência do Sangue, que permite o remanejamento de bolsas entre estados, mobilização extra de doadores e apoio logístico para transporte de hemocomponentes. Todo o processo segue normas sanitárias e operacionais rigorosas, garantindo a segurança, a rastreabilidade e a qualidade do material biológico em todas as etapas — da coleta ao uso clínico.

Além disso, o Ministério promove capacitações técnicas, publica manuais operacionais e orienta serviços de hemoterapia sobre gerenciamento de estoques em situações emergenciais, fortalecendo a integração entre os hemocentros e a rede nacional de saúde. Essa estrutura logística é essencial para equilibrar diferenças regionais de coleta e demanda, garantindo que pacientes em todo o país tenham acesso aos componentes sanguíneos necessários.