Parceria resulta em 36 transplantes
A parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde, Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) e o Instituto de Cardiologia da Fundação Universitária de Cardiologia (ICDF/FUC), completa hoje (21) um ano, quando foi realizado o primeiro transplante de medula óssea em hospital público do Distrito Federal. Nesse intervalo de tempo, o número de transplantes de medula óssea subiu para 36 , o que demonstra o sucesso da parceria, em prol do paciente do sistema público de saúde.
A Fundação Hemocentro de Brasília é responsável pelo processamento, congelamento e armazenamento da bolsa de células progenitoras hematopoéticas (células tronco) coletadas de um paciente, que foi encaminhado pelo Hospital de Base do DF ao Instituto do Coração/FUC.
De acordo com os dados do Instituto de Cardiologia do DF/FUC, hospital credenciado pelo SUS como centro transplantador, os 36 transplantes realizados nesse período de um ano foram todos autólogos, ou seja, quando as células utilizadas no transplante de medula óssea são do próprio paciente, conforme explica a hematologista da FHB, Flávia Zattar Piazera. “ Após o processamento das células fazemos o armazenamento da bolsa de células progenitoras hematopoéticas congelando-a à uma temperatura de menos 80 graus até que o hematologista do Instituto de Cardiologia do DF/FUC, responsável pelo transplante, avise quando será realizado o procedimento, para que encaminhemos a bolsa”, diz a médica.
Segundo a diretora-presidente da FHB, Beatriz Mac Dowell Soares, o processamento do primeiro Transplante de Medula Óssea (TMO), deu início ao processo no SUS, no Distrito Federal. “Estamos muito felizes com o resultado do nosso trabalho em conjunto com o Instituto de Cardiologia pois chegamos a um número bastante significativo de transplantes, neste primeiro ano. Esperamos que, no futuro, outros hospitais possam se credenciar como Centros Transplantadores, aumentando assim a oferta de transplante no sistema público de saúde do DF, para que os pacientes não precisem se deslocar para outros estados, como acontecia antes”, diz Beatriz Mac Dowell Soares, diretora-presidente da FHB.
Beatriz informa que para se tornar um Centro Transplantador é necessário que o hospital atenda às normas do Serviço Nacional de Transplante, que exigem o cumprimento de regras e procedimentos para o sucesso do TMO. Dentre elas, a que determina que o Centro Transplantador tenha um serviço de hemoterapia para suporte ao transplante. “O Hemocentro de Brasília, além de responsável pelo processamento e armazenamento de células hematopoéticas, fornece os hemocomponentes para os pacientes de Transplante de Medula Óssea da FUC”, informa a diretora.
O que é o TMO?
O transplante de medula óssea (TMO) é um tipo de tratamento que visa substituir uma medula óssea doente por uma saudável para restabelecer a produção normal das células sanguíneas. É indicado para diversas doenças, tais como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula, imunodeficiências. Nem todos os pacientes portadores destas doenças têm indicação para realização de transplante, pois depende do tipo e do estádio da doença e da idade do paciente.
Os Tranplantes de Medula Óssea podem ser autogênicos (autólogo) ou alogênicos. No transplante autólogo ou autogênico as células progenitoras hematopoéticas provêm do próprio indivíduo transplantado (paciente). No transplante alogênico as células provêm do doador, que pode ser um parente, geralmente irmão ou não parente. Para que se realize um TMO alogênico é necessário que haja compatibilidade entre doador e receptor.
FHB
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