Elaborada para atender ao contexto atual de governança da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) e à reestruturação do sistema de gestão iniciada em 2012, a nova estrutura do Hemocentro moderniza a organização da instituição, fortalecendo a integração entre as áreas técnica e administrativa e priorizando a inovação e a gestão de risco nas atividades de rotina. Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) na última quarta-feira (16), o novo organograma já está em vigor.
“A nova estrutura veio para aperfeiçoar um modelo de organização da instituição com base na estrutura de governança que já estava implantada, fortalecendo a nossa missão”, aponta a presidente do Hemocentro, Bárbara Simões. A presidente explica que a reformulação foi pensada a partir do diagnóstico situacional da fundação elaborado junto aos servidores em 2019 e consolidado no Planejamento Estratégico e no Plano Diretor de Sangue do Distrito Federal para o triênio 2020-2023.
Obedecendo às restrições orçamentárias com gasto de pessoal, a atualização da estrutura do Hemocentro traz como grande novidade a distribuição das áreas da fundação em duas divisões: a Divisão Técnica (Ditec), antiga Diretoria Executiva, e a Divisão Administrativa e Financeira (Diafi), formada a partir da Coordenação de Administração Geral (Codag). Foram criadas ainda a Subdivisão de Estratégia Institucional (Susdesi) e a Assessoria de Integridade e Gestão de Risco, vinculada à Presidência.
Na Divisão Técnica, gerências e núcleos foram reorganizados e transformados em seções e subseções, equiparando a remuneração de antigos gerentes a outros cargos estratégicos da fundação – uma demanda antiga dos servidores da área finalística. As mudanças, no entanto, não provocaram aumento de despesas, conforme determinação do governo do Distrito Federal – houve redução da gratificação de outros cargos comissionados, como chefes de assessoria e assessores técnicos, para poder viabilizar a equiparação.
Além de esferas como ciclo do doador, processamento, ambulatório e procedimentos especiais, a divisão passa a abranger a Seção da Hemorrede, com a Subseção de Suporte às ATs e a Subseção de Hemovigilância e Boas Práticas Transfusionais. “A hemorrede desempenha uma atividade técnica e estratégica, de suporte às agências transfusionais e de hemovigilância, então faz sentido estarem em um contato mais próximo com a Divisão Técnica”, explica o chefe da Ditec, Alexandre Nonino. Em concordância com uma necessidade identificada pelo Colegiado de Gestão da FHB, foi incluída ainda na divisão a Seção de Controle de Qualidade, com a Subseção de Avaliação e Monitoramento de Tecnologia e Métodos.
A área de suporte do Hemocentro ganha força com a criação da Divisão Administrativa e Financeira, organizada a partir de novas seções e de um novo fluxo de trabalho. Ao setor, integram-se esferas como compras, infraestrutura e tecnologia da informação, antes ligadas à Presidência da FHB.
“Na antiga estrutura, havia um relacionamento informal com essas áreas, que possuem uma grande afinidade com a Divisão Administrativa e Financeira. O novo modelo corrige essa organização, promovendo uma direção mais integrada e centrada na gestão por processos”, afirma o chefe da Diafi, Paulo Peres.
Peres também indica como ganhos da reestruturação o desmembramento da antiga Gerência de Apoio e Serviços nas seções de Apoio e Serviços e de Suprimentos – esta última, voltada exclusivamente para as necessidades materiais de insumos da fundação – e a criação da Subseção de Gestão de Custos. “Formalizamos o grupo de trabalho de gestão de custos, que se faz importante por fornecer informações para a tomada de decisões sobre quanto custa cada procedimento”, aponta o chefe.
Com o objetivo de coordenar a estratégia institucional do Hemocentro, foi criada a Subdivisão de Estratégia Institucional. Na prática, a área será responsável pela integração do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) ao planejamento e à gestão da FHB, além de promover a inovação por meio do incentivo ao ensino e à pesquisa.
Para a chefe da Susdesi, Éricka Redondo, a criação da subdivisão moderniza a estrutura de governança da instituição, atualizando o modelo de gestão implantado no Hemocentro. “Quando você melhora a estrutura de governança, você melhora a tomada de decisão”, observa Éricka.
A área também passa a contar com a Subseção de Ensino e Pesquisa, voltada para a promoção e para o fomento de conhecimento dentro e fora do Hemocentro, com o estabelecimento de metas e ferramentas de acompanhamento de projetos desenvolvidos por pesquisadores. A subseção atuará em conjunto com o Comitê de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional (CPDI) da FHB, que segue como o responsável pela análise e pela aprovação dos projetos de pesquisa.
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