O Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, celebrado em 27 de outubro, busca dar visibilidade a uma das enfermidades genéticas e hereditárias mais comuns no Brasil. Ela se caracteriza por um defeito na estrutura da hemoglobina – proteína responsável por transportar o oxigênio pelo organismo – que faz com que as hemácias tenham a forma de foice ou lua minguante. Por essa razão, a doença é classificada como uma hemoglobinopatia. Essa alteração é predominante entre negros, pardos e afrodescendentes em geral.
Com o objetivo de levar as informações sobre a doença falciforme a outros públicos – além dos profissionais de saúde, estudantes da área e pacientes – a FHB iniciou, neste domingo (27), uma campanha em suas redes sociais com o tema “Enxergar a diferença faz parte do cuidado“. A partir de relatos de portadores da doença e familiares, o material de divulgação foi desenvolvido com foco no ambiente escolar e na relação pedagógica entre professor e alunos. As peças orientam os profissionais da educação sobre como a doença falciforme pode influenciar no rendimento dos estudantes.
A pessoa portadora de doença falciforme pode sofrer com anemia, crises de dor, insuficiência renal progressiva, além de ser mais suscetível a infecções e sequestro esplênico (diminuição da concentração de hemoglobina no sangue). Podem ocorrer também alterações no desenvolvimento neurológico e complicações como o acidente vascular cerebral.
O Teste do Pezinho, realizado em bebês entre o 3º e 5º dia de vida, é essencial para garantir o diagnóstico precoce, prevenindo infecções e outras complicações, além de proporcionar orientação familiar e para o autocuidado. Cerca de 2,4 milhões de recém-nascidos passam pelo teste anualmente – a doença falciforme e o hipotireoidismo congênito somam uma média de 77% dos casos diagnosticados, segundo o Ministério da Saúde.
No Distrito Federal, há cerca de dois mil portadores de doença falciforme cadastrados. Como responsável pela gestão do Sistema de Sangue, Componentes e Hemoderivados do Distrito Federal, a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) coordena a política de atenção integral aos pacientes com falciforme, conforme estabelecido pela Portaria SES-DF 1.310/2018, e promove capacitação técnica de profissionais de saúde e estudantes da área, que vão orientar portadores de hemoglobinopatias. O atendimento multiprofissional em qualquer nível de atenção é de responsabilidade da Secretaria de Saúde do DF.
Solicitação de dados e entrevistas: ascom@fhb.df.gov.br ou imprensa.fhb@gmail.com
Para outras informações: (61) 3327-4458 / (61) 99135-8963
FHB
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