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30/01/24 às 18h37 - Atualizado em 30/01/24 às 18h37

Hemocentro de Brasília alerta hospitais sobre uso racional de plaquetas em casos de dengue

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Diante do aumento expressivo dos casos de dengue no Distrito Federal, a Fundação Hemocentro de

Brasília (FHB) emitiu um alerta nesta terça-feira (30) para a rede de saúde pública e hospitais conveniados do DF sobre a conduta transfusional em casos de dengue. Segundo o documento, médicos e demais profissionais de saúde devem priorizar o uso racional de concentrados de plaquetas.

 

No mês de janeiro, as solicitações por plaquetas cresceram 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. De 1º a 27 de janeiro de 2023, foram distribuídas 3.264 unidades. Em 2024, foram 4.023. Desse total, 28,8% das plaquetas liberadas foram para atender requisições de pacientes com dengue.

 

A plaqueta é um hemocomponente essencial na coagulação de sangue. O concentrado desse componente é importante principalmente no tratamento de pacientes com câncer e em transplantes. Além disso, o prazo de validade da plaqueta é curto – de apenas cinco dias. Ele pode ser obtido a partir da doação de sangue ou por meio da doação de plaquetas por aférese.

 

O “Protocolo Transfusional – Indicação de Hemocomponentes” do Hemocentro de Brasília e da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) contraindica a transfusão profilática de plaquetas como conduta para plaquetopenia por dengue hemorrágica. Manifestações hemorrágicas da dengue devem ter a sua causa investigada clínica e laboratorialmente, visando ao uso racional dos hemocomponentes que, usados indevidamente, podem agravar o caso.

 

O Hemocentro adverte que, para pacientes com caso suspeito de dengue grave com persistência de sinais de choque, sangramento grave ou disfunção grave de órgãos, há indicação de transfusão nos seguintes casos:

  • Na presença de hemorragia, transfundir concentrado de hemácias (10 a 15 ml/kg/dia);
  • Na presença de coagulopatias avaliar necessidade de uso de plasma fresco (10 ml/kg), vitamina K endovenosa e crioprecipitado (1 U para cada 5-10 kg).

 

A transfusão de plaquetas deve ser considerada apenas em casos de sangramento persistente não controlado, depois de corrigidos os fatores de coagulação e do choque, e com trombocitopenia e INR maior que 1,5 vezes o valor normal.

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